Tão pequena e parece já ter nascido pronta pra cuidar do outro. Logo começa a demonstrar um nato interesse por um brinquedo em especial, a boneca. Quando começa a balbuciar suas primeiras sílabas, a boneca se torna sua 'nê-nê'. Ela está crescendo, adquirindo um melhor controle dos seus movimentos, e o que ela mais quer é aconchegar a 'nenê' em seus braços. Meio sem jeito ainda, pega a boneca, ajeita em seu colo, aperta suas mãozinhas trazendo pra perto do seu peito, como se quisesse que a boneca ouvisse o pulsar do seu coração. Ela já sabe cantarolar uma música de ninar, e faz isso balançando a boneca pra lá e pra cá. Ela a acarinha e beija com tanto afeto, e sem receber nada em troca. O que uma boneca tem a oferecer? Um sorrisinho maroto? Um par de olhos azuis? Para ela basta cuidar, isso a faz feliz. E quando ela procura pela boneca e não encontra, parece se preocupar. Sai buscando pela casa, em todos os cantos: 'Nê-nê! Nê-nê!'. É um pouco assustador, confesso, mas nada tem de sobrenatural. É inconsciente, é instinto, é materno.
Parabéns pra TODAS nós, mães, que desde cedo praticamos o amor incondicional.
*Este texto foi inspirado pela observação da minha filha Clara (1) e o despertar do seu instinto materno com sua 'nenê'.
♥
Mãe, sou muito feliz de ter sido a sua 'nenê de verdade'.
Obrigada por ter permitido e incentivado o despertar deste instinto materno dentro de mim.
Graças a isso, pude me tornar a mãe que sou hoje pros meus filhos.
Amo vc!
imagem: Gabriella con la bambola (Luigi Amato)
Nenhum comentário:
Postar um comentário